A FORÇA DO AMOR
Já tentei de todas as formas dar fim
ao que não comecei.
Mas de todas as formas não consegui
e chorei.
É duro fazer o que não quer;
Como amar demais uma mulher.
Toda batalha que disputei ,
eu venci.
Mas no jogo do amor ,
Sempre perdi.
Em casa sempre fico isolado,
E mesmo assim não me sinto consolado.
Vivo a me esquivar de você,
Só pra tentar lhe esquecer.
Outras bocas já beijei
Mas o gosto de seus lábios jamais esquecerei.
Quando você vem,
Finjo não lhe ver,
Mas quando você chega,
Nada enxergo... só vejo você.
Nada consigo fazer,
No momento só consigo escrever.
II
Só nas paginas de caderno consigo desabafar
Mas quando a vejo chegar, não consigo disfarçar.
Quando durmo
Tenho pesadelos
E entro em desespero,
Ouço sussurros;
A sua voz no escuro.
Então eu levanto
Para ver se lhe encontro.
A rua está deserta ,
A saudade de você desperta.
Tento de todas as formas acordar,
E do pesadelo despertar.
Mas á um pesadelo que não quer acabar;
O pesadelo de lhe amar.
Mas uma vez você vem me consolar
E mentiras no meu coração plantar.
Nos seus olhos não consigo ver a mentira,
Mas da realidade os seus lábios me tira.
Você dessa vez diz que veio pra ficar,
Mas quando você vai
Deixa a certeza de que não vai voltar.
III
Mas você volta,
Volta para os braços de outro homem
E por alguns dias somem.
De repente você retorna só,
E com seus braços em minha cintura da no.
Se entrega todinha á mim
Querendo me reconquistar assim.
Finjo acreditar no que me diz,
Mas apago de minha cabeça ,
Com se fosse giz.
Pois acreditar no que tu falar
Seria como acreditar
Que a solução de meus problemas ,
É me matar!
Acreditar que um dia irei esquecer de lhe amar!
É como acreditar que um dia me amará.
E que será somente minha.
(são pensamentos que eu tinha)
Já duvido de tudo,
Já não acredito em nada.
Você arrancou de mim tudo,
Não me deixou nada.
Nem mesmo no fundo.
Me deixou como a um defunto.
III
Vivo esperando algo acontecer,
Ate mesmo o dia de morrer.
Adianto a minha velhice
E não acho que isso sejas tolice.
Você arrancou ate as lagrimas de meu olhar,
Agora não a nada que me faça chorar.
Meus olhos que pareciam tochas,
Agora não passam de duas rochas;
Frias e sem vida.
Ate os planos de construir pra viver...
Não passam de um tumulo
Pra depois de morrer.
(R. MAGALHAES)